Queridos leitores, escrevendo para meu mais novo livro, o "Veganismo para mães, pais e bebês" ai vai um trecho do mesmo:
Enjoo matinal durante a gravidez
De acordo com a
pesquisa conduzida pelo Dr. Samuel Flaxman, aproximadamente 2 terços das
mulheres vivenciam náusea e vomito durante o início da gravidez. Mulheres que
desenvolvem enjoo matinal tem menor risco de abortos e uma melhor chance de
sobrevivência do bebê. Cientistas vêm provando que o enjoo matinal (náusea e
vomito), durante o primeiro trimestre é um mecanismo de proteção do organismo para
proteger o feto e a mãe, para expelir e evitar alimentos que contenham toxinas
abortivas ou teratogênicas, uma função adaptativa profilática.
Buscaram com foco em
aversão a vegetais com gosto amargo (nossa aversão ao gosto amargo é também
outro mecanismo fisiológico de proteção contra toxicidade), bebidas com cafeína
e álcool. Mas concluíram na verdade que as maiores aversões eram a produtos de
origem animal (carne, queijo, leite e ovos). Ao analisar 20 sociedades usuais que
sofrem de enjoo matinal e 7 que nunca foram observadas tendo enjoo, estas 7, tinham
suas dietas quase que veganas.
A conclusão do estudo é
que produtos de origem animal antes da refrigeração facilmente continham parasitas
e bactérias patôgenicas e a mulher quando grávida, passa por uma fase de imunossupressão,
a qual presume-se que é para reduzir a chance da rejeição dos tecidos de sua
própria prole, assim estando mais vulneráveis. E com isso um dos principais
benefícios do enjoo matinal seria também reduzir a ingestão de POPs (Poluentes
Orgânicos Persistentes) nos produtos de origem animal devido a sua lipofilia
induzir a bioacumalação demasiada nas células adiposas dos animais. Estas
toxinas ambientais são correlacionadas a aumento na infertilidade, abortos
espontâneos ou recorrentes e defeitos congênitos 242443942928585825.
Samuel M. Flaxman
, and Paul
W. Sherman ,
"Morning Sickness: A Mechanism for Protecting Mother and Embryo," The
Quarterly Review of Biology 75, no. 2 (Jun., 2000): 113-148